Depois de atender o telefonema de um suposto correspondente bancário, o servidor público federal Jorge Kwasinski Filho, 35 anos, acredita que caiu no golpe da falsa portabilidade de empréstimo. Na portabilidade, o cliente pode transferir um empréstimo para outra instituição financeira.
O servidor afirma que recebeu pelo WhatsApp, no dia 18 de março, proposta de portabilidade, por meio de uma suposta conta comercial em nome do C6 Bank, com redução dos juros do empréstimo consignado que tem com outro banco.
“Explicaram que esse novo contrato reduziria em cerca de R$ 377 minha despesa com empréstimo, além de fornecer um troco de, aproximadamente, R$ 1.877”, disse o servidor, que mora no Rio de Janeiro.
Foram solicitados dados e documentos que o cliente mandou pelo WhatsApp para abertura de uma conta no C6 Bank e a autorização para o empréstimo consignado.
No dia 7 de abril, ele diz que entrou em sua conta um depósito de R$ 49.584,85. “No mesmo dia, o suposto funcionário me orientou a fazer duas transferências, uma no valor de R$ 42.428,88, que serviria para quitar o saldo devedor do meu empréstimo no outro banco e, outra, no valor de R$ 5.279,09 por telefone, relativos ao meu contrato consignado de servidor”, disse ao Agora.
Os dois créditos, diz, foram para contas do C6 Bank. O servidor então descobriu que os contratos anteriores não foram quitados e ele adquiriu nova dívida, com parcela mensal de R$ 1.500.
Instituição suspende contrato
O C6 Bank informa, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que entrou em contato com o cliente para fazer os esclarecimentos necessários e resolver a questão.
A empresa diz ainda estar à disposição pelos canais oficiais de atendimento.
Ao Agora o leitor confirmou o contato do banco. “Recebi uma mensagem do C6 Bank cancelando o contrato de R$ 49 mil. Não consegui nada antes do contato com o Defesa do Cidadão. Agradeço muito”, disse.