Restos de foguete da China pousaram no Oceano Índico neste domingo (9), e a maior parte de seus componentes foi destruída na reentrada na atmosfera da Terra, de acordo com a mídia estatal chinesa. Nos últimos dias, especulava-se onde seria o ponto de impacto.
Partes do Longa Marcha 5B aterrissaram em um local com coordenadas de longitude 72,47 graus leste e latitude 2,65 graus norte, segundo o programa espacial chinês. As coordenadas colocam o ponto de impacto no oceano, a oeste do arquipélago das Maldivas.
O Longa Marcha, lançado na semana passada, foi a segunda implantação da variante 5B desde seu vôo inaugural em maio de 2020. No ano passado, peças do primeiro foguete Longa Marcha 5B caíram na Costa do Marfim, danificando vários edifícios. Nenhum ferimento foi relatado.
Com a maior parte da superfície da Terra coberta por água, as chances de uma área povoada ser atingida eram baixas, e a probabilidade de ferimentos ainda menor, de acordo com especialistas. Mas a incerteza sobre a trajetória orbital do foguete e o fracasso da China em garantir a segurança do processo alimentaram a ansiedade.
Desde que grandes pedaços da estação espacial Skylab, da NASA, em julho de 1979 na Austrália, a maioria dos países tem procurado evitar essas reentradas sem control, disse o astrofísico de Harvard Jonathan McDowell.
O Global Times, um tabloide chinês publicado pelo jornal oficial do país, considerou “exagero ocidental” as preocupações de que o foguete estria “fora de controle” e poderia causar danos.
O foguete, que colocou em órbita um módulo não tripulado contendo o que se tornará o alojamento de três tripulantes em uma estação espacial chinesa permanente, está programado para ser seguido por mais 10 missões para completar a estação até 2022