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São Paulo
Ex-campeã olímpica do declato e uma das mulheres trans mais conhecidas nos Estados Unidos, Caitlyn Jenner, 71, é contra a presença de meninas transgêneros em competições de esportes femininos.
Para ela, é uma questão de justiça. “Simplesmente não é justo e temos que proteger os esportes femininos em nossas escolas”, disse.
Foi a primeira declaração pública sobre o assunto desde que a atriz e ex-atleta anunciou em suas redes sociais que deu início a papelada para concorrer ao cargo de governadora da Califórnia. “Estou dentro! Vale a pena lutar pela Califórnia”, escreveu.
Republicana de longa data, ela quer substituir o governador democrata Gavin Newsom e se apoia na esperança de seu status de celebridade para causar uma reviravolta no estado mais populoso dos Estados Unidos.
O tema dos atletas trans nos esportes é debatido no momento por causa de vários projetos de lei apresentados recentemente por legislaturas estaduais.
A ex-atleta venceu o declato em 1976, como Bruce Jenner. Ela foi casada com Kris Kardashian entre 1991 e 2015, ano em que apareceu publicamente como mulher trans.
As Kardashians não estarão ao lado de Jenner na disputa ao governo da Califórnia (EUA). Os principais motivos seriam a maneira como ocorreu o divórcio com Kris, 65, e o posicionamento político da família, que é divergente.
Jenner tornou-se uma defensora das questões LGBTQ e trans. Ela disse em 2017 que discutia questões LGBTQ com integrantes do governo de Donald Trum. No ano seguinte, no entanto, em artigo para o The Washington Post, declarou que não apoiava mais o então presidente devido aos ataques à comunidade trans.
As declarações recentes contra a presença de mulheres trans nos esportes femininos foram criticadas por pessoas importantes da comunidade trans.
A ativista Charlotte Clymer afirmou nas redes sociais que Jenner “não entende nada de ciência” e contribui para a ignorância das pessoas anti-trans. “Não tenho absolutamente nenhum problema em dizer que Caitlyn Jenner apóia e se beneficia diretamente da transfobia”, afirmou.
Alimentada por uma fúria partidária e uma reação às medidas restritivas devido à pandemia de coronavírus, uma campanha republicana para remover o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, conseguiu o número mínimo de assinaturas para ir à votação, afirmaram autoridades na segunda-feira (26).
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