[ad_1]
Cientistas da Associação para Pesquisa e Conservação dos Oceanos usaram uma tecnologia inovadora para filmar uma lula gigante viva no fundo do mar. O estudo inclui uma série de vídeos em que é possível ver o animal, que é bastante tímido e difícil de aparecer aos humanos, em seu habitat natural.
O Architeuthis dux, conhecido popularmente como lula gigante, é a maior espécie de invertebrado conhecida, podendo atingir até 14m de comprimento. Este animal foi o responsável pela criação da lenda do “Kraken”, um animal mitológico que seria capaz de arrastar marinheiros até o fundo do oceano e até de afundar navios.
publicidade
Olhos gigantes

Apesar de seu tamanho avantajado e longos e sinuosos tentáculos, as lulas gigantes vivem em profundidades de mais de 400m, onde a luz solar quase não chega. Para conseguir se adaptar a essa escuridão, os moluscos desenvolveram olhos que podem atingir 30cm de diâmetro, os maiores do mundo animal, com sensibilidade o suficiente para enxergar mesmo com uma luz muito fraca.

Com olhos deste tamanho, esses animais, que são bastante ariscos, conseguem detectar submarinos e câmeras subaquáticas para se esconder deles. Para conseguir projetar uma câmera que não fosse vista pela lula gigante, a equipe coordenada por Edith Widder usou luzes vermelhas bem fracas no lugar das luzes brancas brilhantes usadas na maioria dos dispositivos.
As lulas não conseguem enxergar a luz vermelha, o que fez dessas câmeras praticamente invisíveis para esses moluscos.
A isca
Além de se camuflar, os pesquisadores também precisaram atrair os gigantes e também usaram sua excelente visão para isso. Apesar de evitarem a luz branca, as lulas costumam caçar animais com a habilidade de produzir luz própria. Então, a equipe de Widder decidiu criar a e-Jelly, uma imitação de água-viva com uma série de neons azuis.
A combinação das luzes vermelhas com a e-Jelly foi fundamental para filmar as lulas gigantes pela primeira vez. As imagens foram captadas em águas profundas na costa do Japão e dos Estados Unidos, além de outras imagens de animais bem menores, com cerca de 1m de comprimento, mas não menos interessantes, que foram flagrados no Caribe.

Essa tecnologia inovadora para captação de imagens em águas muito profundas pode ser ainda mais desenvolvida e ajudar biólogos marinhos a filmarem espécies que vivam no mais profundo dos mares. Isso é importante para conseguir detalhar melhor o comportamento dessas espécies e como elas evoluíram para habitarem ambientes tão inóspitos.
Leia também:
Além disso, os pesquisadores acreditam que poderão aferir como espécies de águas profundas estão reagindo às mudanças ocasionadas pelas mudanças climáticas. Um exemplo disso é a própria lula gigante, um animal que desconhecemos a forma como se adapta ao aquecimento das águas e à poluição marinha.
Com informações do Phys.org
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
[ad_2]
Fonte