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Há alguns anos, um grupo de engenheiros da universidade americana de Purdue, em Indiana, criou um tom de branco que era ainda mais branco que o que conhecíamos até então. O composto foi incorporado em revestimentos para edifícios em forma de tinta com o objetivo de resfriá-los e reduzir a necessidade do uso de ar condicionado no interior dos prédios.
Em outubro de 2020, os pesquisadores foram além e conseguiram desenvolver uma tinta ultra branca que conseguia ser ainda mais clara. Mas, quando se pensava que não era possível ir além, eles superaram as expectativas e criaram uma tinta que não é só mais clara, mas também é mais fria que as formulações anteriores desenvolvidas por eles.
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“Se você usasse essa tinta para cobrir uma área de telhado de cerca de 9,29km², estimamos que você poderia obter uma potência de resfriamento de 10 quilowatts”, disse o professor de engenharia mecânica da Purdue Xiulin Ruan. “Isso é mais poderoso do que os condicionadores de ar centrais usados pela maioria das casas”, completou o acadêmico.
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Segundo os pesquisadores, este tom pode ser o equivalente do branco ao “Vantablack”, o “preto mais preto”, que chega a absorver até 99,9% de toda a luz visível. Os engenheiros afirmam que essa formulação de tinta mais branca reflete até 98,1% da luz solar recebida e ainda envia o calor infravermelho para longe da superfície ao mesmo tempo.
As tintas comercializadas atualmente ficam mais quentes ao invés de mais frias, enquanto as que são projetadas para rejeitar calor refletem apenas entre 80% e 90% da luz solar recebida, sem o benefício de tornar as superfícies mais frias que um ambiente.

Para atingir um nível de brancura tão alto, são utilizadas duas características fundamentais, sendo a primeira delas a concentração do sulfato de bário, um composto químico que também é utilizado para tornar papéis fotográficos e cosméticos mais brancos.
A outra também está relacionada ao sulfato de bário, que têm tamanhos diferentes na tinta. O tamanho de cada partícula interfere no quanto ela espalha a luz, sendo assim, quanto mais ampla a gama de tamanho de partículas, mais a tinta pode se espalhar no espectro de luz do sol.
Os planos para criar uma tinta que atinja o “branco mais branco” para ser uma alternativa viável aos condicionadores de ar vem desde a década de 1970, porém, somente há seis anos o grupo de pesquisa de Ruan começou a desenvolver seus compostos. Ao todo, foram cogitados mais de 100 materiais, sendo 10 deles testados em pelo menos 50 formulações diferentes.
Os pedidos de patente para a formulação da tinta branca mais branca já foram depositados no Escritório de Comercialização de Tecnologia da Fundação de Pesquisa de Purdue. Segundo os pesquisadores, a técnica usada para criar a tinta é compatível com o processo de fabricação de tintas comerciais.
Com informações do Phys.org
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