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O mistério de quem foi o responsável por desbloquear o iPhone de um dos atiradores do atentado de San Bernardino foi resolvido. Após cinco anos do acontecido, o The Washington Post revelou que uma pequena empresa australiana de hackers, chamada Azimuth Security, foi quem garantiu acesso do FBI (Departamento Federal de Investigação) ao iPhone 5c em questão.
O atentado foi realizado por dois homens em San Bernardino, na Califórnia, Estados Unidos, deixou 14 pessoas mortas e deu início à uma grande guerra judicial entre o FBI e a Apple. O departamento de investigações recorreu à Justiça para que a gigante da tecnologia ajudasse a desbloquear o aparelho de um dos atiradores, Syed Rizwan Farook, a fim de ajudar a entender o que motivou o atentado e como foi combinado.
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Já a empresa fundada por Steve Jobs alegava que abrir uma “porta dos fundos” (backdoor) em seu sistema, mesmo que para ajudar a investigação, poderia enfraquecer a segurança e abrir um precedente. Segundo Todd Wilder, porta-voz da Apple, a empresa não tinha conhecimento de quem foi o responsável por quebrar o sigilo do aparelho do terrorista.
A Azimuth Security é uma pequena empresa que não possui muitas relações publicitárias, mas afirma que vende seus produtos e serviços cibernéticos apenas para governos democráticos. Segundo o jornal, a empresa é um “garoto-propaganda” de hackers White Hat, e que visa realizar pesquisas de segurança cibernética para revelar falhas e repudiar governos autoritários.
A Apple demonstra preocupação com essas empresas que encontram e vendem as vulnerabilidades para terceiros, pois acredita que deveria ser informada sobre os problemas a fim de resolvê-los. Porém, alguns especialistas próximos ao caso de San Bernardino afirmam que, graças à Azimuth, o FBI desistiu do processo judicial que poderia obrigar a Apple a abrir a tal “porta dos fundos” em seu sistema operacional.

Imagem: Dzelat/Shutterstock
“Esta é a melhor coisa possível que poderia ter acontecido”, disse Will Strafach, pesquisador de segurança do iOS. Ele também afirma que o fornecedor trabalhou em um único celular, o que impediu que todos os celulares da Apple tivessem a segurança enfraquecida.
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O caso chegou à Azimuth Security pois na época a Apple havia lançado uma atualização do sistema operacional iOS, reforçando a segurança de seus aparelhos desligando-os após 10 tentativas de desbloqueio erradas. Esse novo sistema arruinou o software que o FBI possuía para descobrir qualquer combinação numérica para senha de quatro dígitos presente em celulares da empresa.
O departamento de segurança acreditava que o aparelho pertencente ao empregador de Farook teria dados importantes sobre a motivação do ataque. O FBI desembolsou cerca de US$ 900 mil para a pequena empresa australiana, após entrar com uma ação judicial contra a Apple e dar de cara com a resistência da fabricante de celulares.
Na época, o FBI conseguiu um pedido para que a empresa ajudasse no caso. Porém, o CEO da empresa, Tim Cook, escreveu em nota que o “governo pode estender essa violação de privacidade e exigir que a Apple construa um software de vigilância para interceptar suas mensagens, acessar seus registros de saúde ou dados financeiros, rastrear sua localização ou até mesmo acessar o microfone ou câmera de seu telefone sem o seu conhecimento”.
A empresa informou que recorria da ação, mas isso não foi necessário, pois o departamento investigativo desistiu da ação ao ser auxiliado pelo sistema criado pela Azimuth Security alguns meses depois do atentado.
Tamanho esforço não gerou grandes resultados à investigação do caso, já que no final das contas nenhuma ligação importante entre um dos responsáveis pelo ataque e organizações terroristas foi revelada.
Fonte: The Washington Post
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